João Viveiros e o legado da Vogler

João Viveiros e o legado da Vogler

Toda empresa carrega uma origem. Algumas carregam, além disso, um propósito que atravessa décadas. A história da Vogler começa assim: com uma mesa, um telefone e a visão de um homem que entendeu, o que o mercado de ingredientes para alimentos precisava.

Há 36 anos, João Viveiros fundava a empresa que se tornaria uma das principais distribuidoras de ingredientes do Brasil. Na época, não havia investidores, grandes estruturas ou planos sofisticados. Havia, sim, iniciativa, coragem e uma leitura clara de mercado.

“Minha área sempre foi compras para a indústria de alimentos. E eu sentia a necessidade de uma empresa realmente especializada em ingredientes para alimentos. Foi daí que tudo começou”, relembra.

O começo em um Brasil instável

Iniciar um negócio no Brasil nunca foi simples. Para João, o primeiro grande desafio veio logo no início: o Plano Cruzado. A política econômica impactou diretamente o capital disponível para começar a empresa e colocou à prova a viabilidade do sonho logo nos primeiros passos.

Ainda assim, a Vogler seguiu. E um detalhe simbólico marca esse início: a nota fiscal número 001, emitida para a Gessy Lever, empresa onde João havia trabalhado antes. Um pequeno documento que hoje representa o nascimento oficial de uma grande trajetória.

Crescimento construído com parceiros

Ao contrário do que muitos imaginam, o maior salto da Vogler não veio apenas anos depois, com associações estratégicas. Ele aconteceu antes, quando a empresa deixou uma pequena casa com galpão e passou a ocupar o prédio onde está até hoje.

“A mudança para o nosso prédio atual marcou uma fase de crescimento real. Vieram novos parceiros, novos desafios e novas possibilidades”, conta.

Em 2002, a empresa tinha 13 colaboradores, atualmente são cerca de 160. O crescimento foi gradual, sempre acompanhado da necessidade de estruturar pessoas, processos e cultura.

Pandemia: o teste da maturidade

A COVID-19 foi um divisor de águas para o mundo e para a Vogler. De um dia para o outro, foi preciso migrar praticamente toda a empresa para o home office, manter operações essenciais e garantir segurança, sistemas e continuidade.

“Foi desafiador, mas virou motivo de orgulho. Conseguimos fazer a transição rapidamente, manter a empresa funcionando e, até hoje, operamos de forma híbrida com bons resultados.”

Associação com a Azelis: um novo capítulo

Ao longo dos anos, a Vogler foi frequentemente assediada por grandes grupos internacionais. João nunca quis uma venda total. O objetivo sempre foi crescer com identidade. Até a chegada da Azelis.

Há cerca de dois anos, a associação com a Azelis, multinacional belga presente em 69 países, marcou um novo capítulo. Uma parceria que ampliou horizontes sem apagar a história.

A prova disso veio rápido: a Vogler participou pela primeira vez do programa global de inovação da Azelis e venceu. Um projeto desenvolvido internamente no Brasil conquistou o prêmio de melhor inovação do grupo em nível mundial, entre todas as unidades globais.

O legado

Quando questionado sobre o que mais o emociona, João não fala de faturamento ou prêmios. Ele fala de pessoas.

“Hoje somos muitas famílias. Colaboradores, parceiros, clientes e fornecedores. Quando penso nisso, esse número facilmente dobra. Esse é o maior orgulho.”

Determinante, organizado e avesso a qualquer prática que comprometa a integridade, João construiu uma empresa baseada em seriedade, parceria, ética e desenvolvimento de pessoas. Muitos que começaram na Vogler hoje atuam no Brasil e no exterior um legado que ultrapassa muros e cargos.

A decisão mais difícil foi deixar a gestão, motivada por questões de saúde. Mas a história segue viva, sustentada por valores que continuam guiando a empresa.

“A Vogler nunca foi construída sozinha. Sempre foi feita por pessoas.”

E talvez essa seja a maior definição de quem fez e continua fazendo agora a AzelisIVogler.

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