O cacau é muito utilizado na indústria de alimentos como um dos principais ingredientes. Falar em cacau é pensar em chocolate, sendo um dos alimentos mais apreciados em todo o mundo. Segundo relatório da Abicab – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas -, 75% dos brasileiros se declaram consumidores frequentes e 35% afirmam que não trocam o chocolate por outro alimento ou bebida. Além disso, em alta concentração o cacau pode trazer benefícios à saúde por sua composição de vitaminas como B1, B2, magnésio, cálcio, ferro, sódio, fósforo e potássio.
Recentemente, a Vogler incluiu no seu portfólio a linha de Cacau e Derivados da Machu Picchu Foods do Peru. Na entrevista abaixo, a Gerente de Segmento da Vogler, Natália Catelan, fala sobre a parceria estratégica com a Machu Picchu, a demanda de cacau no mercado e a relação da Vogler com esse delicioso ingrediente. Confira!
Redação: Qual a demanda do mercado brasileiro pelo cacau?
Natália: O consumo de derivados do cacau no Brasil é de aproximadamente 140 mil toneladas por ano, então nós vimos nesse mercado uma oportunidade que agrega aos nossos mais de 400 ingredientes do portfólio. Além disso, o cacau é um ingrediente que nós já estávamos estudando para trabalhar no mínimo há 8 anos. A maior exigência da indústria é a parte de controle de qualidade devido à questão microbiológica e a necessidade de garantir a qualidade no processo de fabricação. E, também pela questão sensorial, hoje o cacau é um ingrediente que, mesmo sendo um commodity, afeta sensorialmente o produto do cliente em coloração e sabor, sendo a chave do produto.
Redação: Em quais segmentos o cacau pode ser utilizado na fabricação de novos produtos?
Natália: O cacau está praticamente em todos os segmentos como chocolates e confeitos, panificação, lácteos (sorvetes e bebidas lácteas), nutrição esportiva, indústria farmacêutica, cosmética e também vemos oportunidade nos suplementos de nutrição infantil. Além do cacau orgânico, que é um grande diferencial e está em fase da certificação local. As versões que temos de cacau no mercado é o em pó, natural e as variações de alcalino como alcalino, alcalino marrom, alcalino vermelho, alcalino preto e alcalino lecitinado. As mais utilizadas estão entre natural e alcalino.
Redação: O Cacau no Brasil passou recentemente por algumas crises de mercado devido ao cenário político-econômico, mas também devido à crise hídrica que assolou lavouras brasileiras. Esses são motivos que fizeram a Vogler importar esse ingrediente? Por que trazê-lo do Peru?
Natália: Não somente por conta disso. Vimos no Peru uma oportunidade depois de estudarmos muito os fornecedores locais também. A Machu Picchu nos abriu as portas da fábrica para que nossos diretores pudessem visitá-la e, assim, puderam ver que eles trabalham exatamente no mesmo modelo de especificações e qualidade que a Vogler, foi uma decisão estratégica. Além disso, vimos que eles conseguiriam nos atender em demanda, volume, preços competitivos e com certeza, na qualidade do ingrediente. A Machu Picchu foi sem dúvida uma excelente escolha, tendo as principais certificações que são necessárias para fabricação do ingrediente.
Redação: De que forma a parceria com a Machu Picchu agrega à Vogler?
Natália: O cacau fazia falta em nosso portfólio para atendermos o cliente de forma completa. Então, o primeiro ponto foi agregar um item que entregasse valor. O segundo ponto, e não menos importante, é a qualidade do ingrediente que nos é fornecido. A fábrica da Machu Picchu possui uma série de certificações em níveis de qualidade para fabricação, cacau orgânico, produto vegano, até as que são próprias do Brasil e do Peru, assim podemos assegurar para o cliente a confiabilidade e segurança de produção e matéria-prima.
Redação: Como a Vogler pode garantir a qualidade do cacau?
Natália: A nossa Divisão Vogler Systems é certificada pela FSSC22000, que garante a segurança e qualidade dos produtos produzidos pela Vogler. Temos um fluxo a ser seguido desde a entrada do produto até a entrega ao cliente, onde o controle é muito rígido, tanto na análise quando chega a importação, no armazenamento e também no transporte até o cliente.
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