Como alcançar o público flexitariano com produtos plant-based

Com a agilidade das informações, as pessoas estão mais dinâmicas em suas escolhas. O veganismo, por exemplo, é um termo que enquadra pessoas a escolhas permanentes do não consumo animal. Mas e aqueles que simpatizam, mesmo que fortemente com o conceito, mas em alguns momentos optam por não seguir à risca? Isso invalidaria todo seu esforço em prol dos seus valores? Com certeza não.

 

Como o próprio nome diz, “flexitarianos” são flexíveis em suas escolhas, e por isso o termo abraça um amplo grupo de pessoas que simpatizam com os princípios vinculados ao não consumo animal e tomam atitudes a favor deste movimento. E quais seriam esses princípios? Podem variar desde o cuidado com o meio ambiente à aversão ao sistema pecuário em massa, à própria saúde e até a melhoria do desempenho atlético.

 

Um número bastante conhecido no mercado de produtos análogos feitos de plantas é o anunciado por uma pesquisa do IBOPE em parceria com a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) em 2019, a qual afirma que de 14% a 16% dos brasileiros se consideram vegetarianos. Apesar de ser um número considerável, verídico e confiável, é importante lembrar que no Brasil muitos optam pelo não consumo da carne devido à falta de renda. Assim, este número deve ser destrinchado quando a busca é com o intuito de buscar mercado para produtos análogos.

 

O flexitarianismo e o consumo de produtos plant-based

 

Uma pesquisa do Good Food Institute (GFI) com brasileiros em 2020 apontou que 49% alegam estar reduzindo o consumo de carnes (principalmente bovinas, suínas e de aves). Segundo Gabriela Nogueira, Inteligência de Mercado da Vogler, a expressão “estar reduzindo” indica um movimento importante quando a finalidade da busca é para a indústria de produtos à base de plantas. A pesquisa mostrou ainda que uma parcela desses consumidores já começou a aderir às carnes vegetais análogas em suas dietas, como mostra a figura abaixo.

Figura 1

 

“Quando dizemos produtos análogos, nos referimos aos produtos que estão comprometidos a imitar os produtos derivados de animais em paladar e possivelmente em valores nutricionais. Mas o mercado de produtos à base de plantas não se limita aos análogos. Há o público que busca produtos à base de plantas e que não têm interesse em sabores relacionados a animais, e para estes, existem muitos outros produtos industriais também”, explica Gabriela.

 

Ainda de acordo com Gabriela, “minha interpretação da pesquisa conclui que os potenciais clientes de produtos à base de plantas são os 37% que não contabilizam nas linhas 2 e 6 da pesquisa da Figura 1. Se lembrarmos que estes são parte dos que anteriormente responderam “estar reduzindo”, conclui-se que um pouco mais de 18% de toda a população brasileira consome, em maior ou menor escala, produtos à base de plantas, sejam eles análogos ou não”.

 

Outra maneira de alcançar este público é pensar em diferentes características e necessidades de cada consumidor. Um exemplo disso foi o destaque que a pesquisa do GFI trouxe sobre a diferença dos gêneros em relação às escolhas por análogos. Segundo a pesquisa, apesar de os homens estarem reduzindo menos o consumo de carne, eles incorporam bem as alternativas vegetais. Quando escolhem migrar, 39% incorporam alguma forma de carne vegetal no dia a dia. Isso se traduz em oportunidades de personalizar a venda de carnes vegetais pensando nesse público – como por exemplo criar uma categoria “churrasco” na área do mercado focada no público masculino.

 

Gabriela conta que se tivesse que escolher uma característica de produtos feitos de plantas para agradar o maior número de consumidores, sem dúvida seria o paladar. “O ato de comer é inteiramente associado ao prazer; para atingi-lo, as pessoas estão dispostas a abrir mão de outros atributos. Em seguida eu escolheria preço e valor nutricional. Mas é claro que haverá públicos que cada fator será mais ou menos interessante”, complementa.

 

A substituição de produtos de origem animal e a influência de compra

 

Qualquer produto feito originalmente com recursos animais pode ser replicado utilizando plantas hoje em laboratórios – as categorias de cárneos, lácteos e derivados, ovos, peixes e frutos do mar já são realidade no universo dos alimentos à base de plantas.

 

Há uma rica variedade de formulações de produtos nos mercados. Um mesmo “creme de plantas tipo requeijão”, por exemplo, pode ser feito através de uma infinidade de receitas. Cada fabricante tem a autonomia de escolher como pretende atender ao seu público, podendo recorrer a custos reduzidos, texturas, aromas, à rótulos limpos ao a valores nutricionais superiores.

 

Quanto à influência na compra de alimentos vegetais, a mesma pesquisa do GFI apresenta dados importantes para a indústria, como: 40% dos consumidores da categoria de lácteos esperam que os produtos tenham quantidades de cálcio, zinco e vitaminas equivalente (se não superiores) aos leites provenientes de vacas; 37% esperam que a categoria de cárneos tenha quantidade de proteína igual ou superior às carnes animais.

 

A atuação da Vogler neste mercado

 

O desenvolvimento de produtos saborosos à base de plantas pode ser uma jornada desafiadora, dependendo do tipo de produto que se pretende criar. Por um lado, hoje há aportes milionários em empresas para o desenvolvimento tecnológico de produtos, onde até a inteligência artificial já alcançou. Do outro lado, há um forte movimento de pequenas marcas surgindo com soluções deliciosas e artesanais, impulsionadas pelas vantagens de comunicação das redes sociais, como baixo custo e alto alcance.

 

A Vogler tem a capacidade e o prazer de atuar junto de marcas locais, multinacionais e startups. A empresa atende a todos e quaisquer requisitos e direcionamentos vindos de seus clientes. Para um mesmo tipo de produto, é respeitado cada direcionamento e são elaboradas soluções variadas em sabor, textura, cor, valor nutricional e preço.

 

“O Brasil ainda carece de pesquisas substanciais que revelem o tamanho e potencial do mercado de outras categorias à base de plantas, assim como temos para a categoria de cárneos. Mas é possível fazer uma boa previsão incorporando pesquisas de tendências globais com informações locais de fabricantes, varejistas e institutos / sociedades sérias e centradas no assunto”, conta Gabriela.

 

Este é mais um diferencial de ter a Vogler como parceira de negócios. A Inteligência de Mercado é um departamento que é pouco explorado entre distribuidoras de ingredientes no país, mas auxilia estratégias internas e de clientes como fonte de informações e estudos de mercado.

 

Além disso, a experiência da Vogler em plant-based já levou à criação de soluções prontas, de prateleira, para necessidades específicas de produtos, cuja aplicação resulta em alto desempenho no produto. Um conselho para quem busca soluções plant-based? Venha falar com a Vogler!

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